Visitas felizes

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Surtos de uma vida cujo o roteiro ainda não tem final!

Então, mais uma vez cá estou eu! Há!

Quando eu nasci, tive a sorte de poder ser a primeira e consequentemente o primeiro maior orgulho do meu pai.
Quando criança, minha mãe me ensinou a acreditar e a confiar em Deus, eu nunca tive outra fé, crença, religião (como quiser chamar) além da que eu aprendi desde pequena, e eu nunca me arrependi disso é como se eu Me encontrasse desde o dia em que eu vim ao mundo. Deus me deu esse privilégio de crescer na presença Dele. Fui educada e criada para ser educada, inteligente, gentil...Enfim, uma menina cristã.
Quando adolescente eu surtei. Joguei tudo isso pro ar! Deixei Deus de lado por um longo tempo, comprei um all star, colei posters de bandas de rock e risquei as paredes do quarto, fiz tudo que podia pra contrariar a minha mãe, queria que o mundo visse que eu havia crescido e sabia me cuidar sozinha, não ligava para os outros. Até perceber o vazio enorme que eu sentia cada vez mais intenso dentro de mim e as pessoas ao meu redor pareciam para mim monstros crueis, assassinos de sentimentos. Depois de um tempo eu tinha perdido toda a minha força porque tinham me ensinado a ser boa com todos e eu não sabia simplesmente como reagir aquilo, aquela crueldade toda invandindo meu coração, eu estava perdendo a minha vida perfeita.
Eu abandonei Deus, meus pais tomaram caminhos diferentes, já não tinha amigos confiáveis e nem vale a pena mencionar as minhas notas escolares.
Eu passei 4 anos vivendo esse inferno, onde eu implorava para mudar de colégio e todos diziam que eu ia agradecer no futuro e não se importaram como eu me sentia por dentro. Como eu teria futuro se dia ápos dia eu estava morrendo por dentro? Então durante um ano se houve silêncio, eu já não sentia mais nada, minha cabeça encontrava - se em um outro mundo, os meus risos, choros, gritos não eram verdadeiros. Eu havia perdido meu brilho, estava só.
E o vazio me consumindo cada vez mais, fazendo meu coração se apertar e meus olhos cegarem. Nada mais do que o resultado esperado, com notas super baixas eu vim a repetir. Aquele dia foi o primeiro dia em que eu implorei pelo amor de Deus para morrer, não sabia como iria explicar pros meus pais todas as faltas e aquelas notas. Eu já me sentia vazia, e agora eu estava em um buraco negro sem fim, decepcionei aqueles que fizeram e sacrificaram tudo por mim.
Ninguém veio me consolar, saber o que estava acontecendo e apenas uma voz doce me disse:
"Não disperdiçe seu tempo e nem se desgate, você nunca perde um ano você sempre ganha mais um. Essa é a sua chanche de fazer diferente." Eu apenas sorri e agradeci. Encarei meus pais e o castigo merecido.
1 ano depois lá estava um colégio "pequeno", parecia uma casa do séc XVIII, sem nenhum dos padrões em que estava acostumada e ali seria meu recomeço uma chanche de me reeguer, então porque a minha vida ainda continua sem sentido?

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